O ato de chorar nem sempre é atitude só para os fracos, mas pode ser uma arma espiritual eficaz, na medida que nos entregamos a ele de maneira devocional. Nisso, refletimos sobre o choro a que se refere Jesus no sermão do monte. Aqui ele é uma ação de solidariedade e de arrependimento. E é endereçado a duas posturas cristãs: uma para dentro (conhece-te a ti mesmo) e a outra para fora (ide).
Na primeira postura, o choro nos mostra que somos frágeis e nos revela partes do nosso próprio íntimo. Conhecendo a nós mesmos só nos resta chorar pela nossa condição pecadora, com caráter de arrependimento e humilhação.
Na segunda, vemos uma preocupação com as almas desse mundo, num gesto nobre de solidariedade evangelística , que na cruel constatação da realidade produz choro como que uma intercessão profunda. Esse sentimento parece ter sido aquele expressado por Jesus quando chora por Jerusalém (Lc 19:41) ,
Chore por essa dupla causa, com o coração aberto, pois há promessa de consolação.
"Bem-aventurados os que choram porque serão consolados" Mt 5:4
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